Para analisar o sistema familiar é necessário adotar uma perspectiva temporal porque, em nenhum caso, as famílias constituem contextos estáticos. A evolução que a as famílias experimentam ao decorrer do tempo é promovida, fundamentalmente, por três conjuntos de fatores: as mudanças evolutivas produzidas pelo desenvolvimento de seus distintos membros, as mudanças nas quais os diferentes subsistemas de relacionamento familiar e os acontecimentos que se produzem na vida de uma família.
Cada família em particular experimenta uma série de acontecimento que contribuem de maneira essencial a configuração da trajetória que vai definir a sua evolução. A maioria destes acontecimentos têm alguma relação com mudanças impactantes que afetam diretamente a configuração familiar. Um dos momentos mais destacados é, provavelmente, o do nascimento do primeiro filho, o momento em que deixam de ser simplesmente um casal e passam a ser pai e mãe.
Portanto, o estudo das sucessivas transições normativas que afrontam a maioria das famílias nos permite descrever o Ciclo Familiar, ou seja, as distintas etapas que podemos encontrar na evolução da maioria das famílias. Também é importante ressaltar como essas mudanças vão evoluindo de acordo com o contexto histórico, cultural e social de cada unidade familiar.
Família como contexto do desenvolvimento humano
Embora na atualidade exista uma ampla diversidade dos tipos familiares, podemos definir a família como a união e convivência de uma ou mais pessoas que compartilham de um projeto de vida em comum. Nesse projeto familiar, normalmente existe um importante compromisso pessoal no qual se estabelece intensas relações de intimidade, reciprocidade e dependência. Dessa maneira, se entende que a família constitui o principal contexto de desenvolvimento humano. Ou seja, é o âmbito no qual os principais processos de socialização e desenvolvimento das crianças envolvidas começa.
Em contrapartida, a família não é apenas um cenário de desenvolvimento para os seus mais jovens membros, se não também para os adultos que ela constituem. Nesse sentido, a família constitui um contexto essencial tanto para a construção do desenvolvimento individual de todos e de cada um de seus membros, como um ponto de encontro entre gerações. À vista disso, mediante as interações que são estabelecidas entre os genitores e seus filhos, os adultos colocam então em prática um projeto vital de educação e socialização dos membros mais jovens do sistema.
Tipos de família
Os tipos e formações familiares atualmente receberão uma remodulação do seu significado. Antigamente o conceito de família era entendido por pai, mãe, filhos e suas respectivas gerações. Porém, com o desenvolvimento de muitos conceitos sociais que antes eram entendidos como tabus, foi modificada a concepção de família tradicional. Atualmente família se entende, como dito anteriormente, como a decisão de uma ou mais pessoas de dividirem um projeto de vida em comum.
Dessa maneira é possível identificar padrões sociais na hora de formar novos núcleos familiares, como: Família nuclear que é composta por pai, mãe e filhos. Ou família com pais divorciados, onde os genitores ainda exercem os seus papéis embora já não estejam casados. Também família composta, quando pais divorciados e com filhos se unem e elaboram um novo núcleo familiar. A família monoparental formada por apenas um genitor. Família sem filhos. Família homoparental, entre muitas outras formas.
A família depois do divórcio
O Ciclo familiarque foi citado anteriormente está constituído pela evolução que propiciam as principais transações normativas que experimentam a maioria das famílias. Não obstante, a evolução de um núcleo familiar concreto vem determinado por essas situações comuns. Por tanto, todas as transições não normativas que podem ter que afrontar um núcleo familiar, sem sombra de dúvidas, é a separação e consequentemente o divórcio dos genitores.
Quando a separação e o divórcio se concebem como uma transação familiar, não é possível determinar a priori qual será o resultado dessa transição, nem para os progenitores nem para os filhos, já que o fato de que o problema seja resolvido de uma forma mais positiva depende de um conjunto de fatores específicos de cada sistema familiar. Em primeiro lugar, existem separações mais ou menos amistosas. Separação nas quais a decisão é tomada por mútuo acordo e separações nas quais um dos membros do casal se sente traído, humilhado e abandonado pelo outro.
Importância da família
O direito a família é um dos direitos fundamentais do homem. A família é considerada um elemento natural, universal e fundamental na sociedade. É no núcleo familiar que o indivíduo estabelece seus primeiros contatos sociais e culturais : os primeiros passos, a primeira palavra, a maneira como nos relacionamos outros e com o mundo.
É comum escutar dizer que a família é a base da sociedade já que dentro dela os adultos educam e transmitem valores aos seus filhos. O ambiente familiar influencia muito o desenvolvimento emocional e social das pessoas e pode motivar ou condicionar os membros.
A inteligência emocional adquirida, sonhos e medos provêm do impacto do ambiente familiar no indivíduo. Ambientes familiares violentos e problemáticos geralmente influenciam negativamente o desenvolvimento pessoal e social das pessoas.